A história da gôndola de Veneza
Símbolo universal da cidade de Veneza, a gôndola no imaginário coletivo remete ao romantismo e às belezas arquitetônicas e paisagísticas da cidade. Sua imponência desfila ao longo de seus 11 metros pelos canais de Veneza desde 1094. Da história da gôndola de Veneza, sabemos que no passado, era o principal meio de transporte da população da ilha. Para se ter uma ideia, em 1580 circulavam por Veneza 10.000 embarcações, hoje, as cerca de 500 gôndolas que navegam pela cidade são de uso exclusivo do turismo.
No passado as gôndolas eram coloridas e decoradas com muito esmero. As famílias enriqueciam as gôndolas com decorações, pinturas, ornamentos dourados, flores e gastavam uma verdadeira fortuna para demonstrarem seu poder e riqueza por meio de sua gôndola. A mania de ostentação acabou depois que uma lei do Senado definiu que todas as gôndolas deveriam ser pretas e proibiu as decorações exageradas, padronizando assim o meio de transporte.
Antigamente, nos períodos de maior frio, a gôndola era coberta por uma espécie de cabine que se chamava felze, o que permitia o isolamento do frio e do gondoleiro. No pátio interno do Palazzo Ducale existe um exemplar desta antiga gôndola.
A ponta da gôndola tem um formato que lembra o chapéu do doge, o primeiro magistrado e todo poderoso da República de Veneza. A ponta de ferro que inicialmente foi realizada para manter o equilíbrio da gôndola também representa os 6 sestieri ou seja, os bairros da cidade: San Marco, San Polo, Santa Croce, Castello, Dorsoduro e Cannaregio. A ponta representa o chapéu que usava o doge e logo abaixo dele está a Ponte de Rialto.
A pontinha solitária do lado inverso representa a Giudecca, a pequena ilha separada do centro de Veneza. Para construir uma gôndola são necessários 8 tipos diferentes de madeira e as peças utilizadas são 280. A construção é realizada no squero, uma antiga oficina especializada na formulação de gôndolas, muito tradicional em Veneza. São necessárias mais de 500 horas de trabalho e meses para que uma gôndola fique pronta.
As gôndolas traghetto
Para facilitar a locomoção dos venezianos, em alguns pontos da cidade existem as chamadas “gôndola traghetto”. É um serviço que atende à quem está com pressa e precisa atravessar o canal sem ter que andar pela cidade para chegar à outra parte. Trata-se de uma gôndola bem simples, sem nenhum tipo de enfeite onde várias pessoas sobem ao mesmo tempo e fazem este percurso de 2 ou 3 minutos que leva para o outro lado da margem. O serviço custa 2 euros para os turistas e 70 centavos para os venezianos. O mais popular dos pontos de gôndola traghetto é aquele que sai do mercado do peixe de Rialto e atravessa para o outro lado.
O gondoleiro
Os gondoleiros estão por todas as partes em Veneza. Eles comunicam uns com os outros em dialeto e todos se conhecem. Por muitos anos, a licença para praticar a profissão era passava de pai para filho. O gondoleiro que não tinha filhos homens podia passar para um aprendiz em que confiava. Para ter a licença porém, o aprendiz ou o gondoleiro herdeiro tinha que passar por um teste de remo. Hoje, para tornar-se gondoleiro é necessário muito mais do que isso.
Os aspirantes a gondoleiro devem fazer um curso onde aprendem história e a arte de Veneza, além de pelo menos uma língua estrangeira. Depois é necessário fazer um concurso público. Com a aprovação, o gondoleiro deve realizar um estágio com um profissional e depois deste período passa por uma prova prática com uma banca formada por outros gondoleiros. Passada esta etapa ele finalmente obtém a licença e pode trabalhar oficialmente como gondoleiro.
Passear de gôndola em Veneza
Passear de gôndola em Veneza é uma experiência e se é um de seus sonhos, vale a pena realizar. O preço oficial por um passei de 30 minutos é de 90 euros e na gôndola podem entrar até 5 pessoas. A tarifa depois das 19 horas sobe para 110 euros. O itinerário depende de onde você pega a gôndola, mas geralmente os gondoleiros fazem um passeio pelos canais menores e passam também por um trecho de Canal Grande. Se tiver alguma dúvida ou quiser saber alguns fatos da história da cidade, pergunte ao gondoleiro, ele está preparado para isso. No mais, curta muito o seu passeio e observe cada detalhe dessa magnífica cidade que é Veneza.
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Poxa.. Deu vontade mesmo de fazer um passeio (inesquecível com certeza) nessa cidade única… Estou esperando a justa conjunção astral hahahhah
Amanha é dia de ler Susan Miller…. quem sabe… 🙂
Gostei do Blog. Vou sempre olhar. Sou tia de Simone..
Olá,Zira!
Que bom que você gostou do blog. Volte sempre e se tiver alguma sugestão, fala com a gente.
Um beijo grande
Ei Zira! Td bem? Eu me lembro de vc (até pq vc e Geny sao super parecidas). Sou amiga de infância de Bianca e Simone… Obgada pela sua visita e vms adorar ter a sua cia!!!! um bj, Denya
Adorei as informações. Interessantíssimas! Andei de gôndola em Veneza e não sabia de todos estes detalhes, toda a história. Vale cada centavo.
Oi,Michelle,
Eu também acho que vale a pena. Que bom que gostou do post.
isa
O valor fo passeio de gôndola é p o grupo ou por pessoa, 80 euros? Vou agora em junho.
Abraço
Oi,Mary,
O custo é tabelado: 80 euros para o grupo de até 6 pessoas. Depois das 19h, são 100 euros.
Isa
Eu gostaria de informacao para alugar uma gandola com um brasileiro. Pois falamos pouco ingles
Oi,Aldelene,
Você pode fazer um passeio cultural guiado. Se tiver interesse, posso te mandar as opções.
Att
isa
Gostaria de REGISTRAR que a primeira GONDOLA Veneziana no BRASIL é a de Farroupilha-RS, doada pelo Governo Italiano em 1975, por ocasião do centenário da imigração Italiana no RGS. Ela se encontra no Distrito de Nova Milano em Faroupilha-RS.
Oi,Moacir,
Obrigada pela contribuição. Eu não sabia! Muito legal mesmo.
Um abraço,
isa
Olá,
Gostaria de manifestar o meu repúdio às Gôndolas de Veneza. Um passeio caro que deveria corresponder a um glamuroso momento mas que, ao contrário, é de péssimo tratamento. Minha filha foi comemorar seu aniversário acompanhada de seu marido, num passeio desse e foram aviltados, insultados se sentiram agredidos pelo gondoleiro que, ao invés de prestar-lhes um bom atendimento e de forma cortês, tratou-os dessa forma grosseira e, por fim, interrompeu o trajeto cobrando-lhes o ingresso de forma integral. É lamentável que as Gôndolas” guardem somente as memórias do que foram. Na verdade não há nada de glamuroso se passear em águas podres, fétidas e com pessoas de baixo trato. Seria um caso para polícia mas, felizmente, se trata de turistas de alto padrão e o caso ficou por isso. Um alerta: Não gastem com esse tipo de passeio, com certeza não vale a pena. O que a história retrata em filmes é um glamour do passado, de fato não existe mais.
Oi,Tânia,
Sinto muito pelo ocorrido com a sua filha e genro. Infelizmente vocês não são os únicos a relatarem esta situação desagradável. A gente lê histórias como esta na mídia local, nos sites sobre viagem e blogs. É muito triste que alguns gondoleiros coloquem seus colegas e a imagem da cidade em risco desta maneira. Eu te garanto, não são todos que agem desta maneira, assim como as águas de Veneza não são podres é fétidas. Mas compreendo seu desapontamento com o ocorrido. Quem tiver uma experiência parecida, sugiro pegar o número da gôndola e procurar um guarda municipal para relatar o ocorrido. Ou então contactar o serviço da prefeitura que administra o transporte das gôndolas: gondola@comune.venezia.it
É muito desagradável passar por esta situação, mas não devemos generalizar. Não podemos deixar que um gondoleiro ruim e mal intencionado manche o trabalho dos outros colegas honestos. Mais uma vez, sinto muito pelo que ocorreu com seus familiares.
Isa
O seu depoimento ilustra bem o provérbio ” mors doré ne rend pas le cheval meilleur”.
eu estive em veneza… cidade do sonho… fui ao passeio de gondola e foi inesquecivel. tomei proseco nessa lindA GONDOLA E FUI CONDUZIDA POR UM LINDO GONDOLEIRO. VENEZUA BELISSIMA
oi, Lara,
Que legal!
Isa
Rosa, seu comentário foi exato, pontual e chic como você deve ser.
Não vou esquecer desse provérbio