Azeite de oliva italiano, benefícios e curiosidades
Essa semana tive uma aula sobre o azeite de oliva. Não imaginava que o nível de desconhecimento sobre o assunto fosse tão alto até mesmo entre os que entendem mais ou menos do assunto. Me explico: existem tantas sutilezas na produção do azeite de oliva, do seu cultivo até a chegada na nossa mesa e o efeito em nosso corpo que até mesmo os estudiosos acreditam que há ainda tanta coisa a descobrir.
A primeira coisa curiosa é que a oliveira não é uma árvore e sim um arbusto, que sua origem é provavelmente da Síria. Para desenvolver a azeitona, a oliveira precisa de um ambiente luminoso e um período de frio durante o ano, além de um terreno arenoso e mais pobre. Isso explica porque no Brasil não existe produção de azeite, somos o sétimo maior importador de azeite do mundo. Três quartos da produção mundial concentra-se na União Europeia e a Espanha e a Itália são os maiores produtores. Entre as novas áreas de produção, se destaca a Austrália que entre 2011 e 2012 produziu cerca de 19 mil toneladas de azeite.
Aqui na Itália, o sul é a região mais expressiva, Puglia, Calábria e Sicília respondem por mais de 80% da produção nacional. Se um dia você fizer uma viagem em que possa visitar seja o norte como o sul da Itália, repare como uma oliveira muda de uma região para a outra. Aqui no norte e na Toscana, as árvores são bem mais baixas que as do sul.
Bom, vamos então a informações mais objetivas que aprendi sobre o azeite. Aqui na Europa existem leis e regras muito rígidas sobre a produção do azeite de oliva. Para ser considerado extra virgem, a acidez deve ser menor que 0,8%. Dizia meu professor que o melhor dos mundos é que a acidez esteja entre 0,2 e 0,3%. Sendo assim, quanto mais baixa é a acidez, melhor é a qualidade do azeite.
Outra coisa interessante é que na degustação do azeite, a acidez é um mero detalhe, objetivamente o nosso paladar não consegue identificar se um azeite é ácido ou menos ácido. Então, se um dia alguém vier de blá,blá,blá falando que sente a acidez do azeite, pode saber que não entende nada do barato e tá querendo só te impressionar. Outra coisa importante, aquela história do envelhecimento de alguns vinhos não vale pro azeite.
Com o passar do tempo, o azeite vai perdendo a qualidade, geralmente seu tempo de vida útil não passa de 18 meses contados a partir da data do engarrafamento. Para retardar o processo de oxidação, é necessário manter a garrafa protegida da luz e em uma temperatura entre 15 e 18º. Por isso é importante na hora de comprar o azeite ficar de olho na embalagem, uma garrafa transparente significa que o conteúdo irá perder suas propriedades muito mais rápido.
Desconfie das propostas aromatizadas, azeite de alho, de tartufo, de pimenta geralmente não são azeites de qualidade, fuja da garrafinha de azeite com pimenta calabresa das pizzarias.
Bom, entre os benefícios ligados ao consumo do azeite (que são tantos), a última novidade é que os estudiosos descobriram que ele possui um elemento que dá ao organismo a sensação de saciedade, ou seja, consumir um azeite de qualidade significa diminuir a quantidade de comida ingerida. E dá-lhe azeite no prato!
Alguns dados estatísticos do post foram retirados dos relatórios do Consorzio Olivicolo Italiano
Fotos: Internet
Muito bom ler uma matéria tão objetiva sobre o azeite. Este blog está interessantissimo.
Continuem meninas. Sucesso pleno no empreendimento.,
Lina Krauss
Oi Lina,
Que ótimo que você gostou, fiquei feliz. A ideia é mesmo essa, transmitir informações de um jeito leve e prazeroso. Continue nos acompanhando.
Um abraço!