Conheça a Villa Emo, obra-prima de Palladio no Vêneto
Em seus 72 anos de vida, Andrea Palladio projetou obras de tamanha importância que é considerado uma das maiores personalidades da arquitetura ocidental. O conjunto de suas vilas vênetas, projetadas para as nobres famílias da República de Veneza ganhou título de Patrimônio da Humanidade UNESCO, em 1996. A Villa Emo é uma verdadeira obra-prima de Palladio no Vêneto.
Dentre as 24 vilas projetadas por Palladio no Vêneto, a Villa Emo foi a terceira a ser construída na província de Treviso. Encomendada pela família Emo, provavelmente foi realizada entre os anos de 1557 e 1560 quando Palladio era já bem conhecido entre os aristocratas venezianos.
No início as vilas vênetas eram a expansão da República de Veneza no campo. Os nobres utilizam estas grandes casas para a produção agrícola, um investimento considerado seguro para além do comércio mercantil. E assim passavam férias ou momentos de repouso com suas famílias nestas verdadeiras mansões.
A Villa Emo fica em Fanzolo, uma pequena cidade na província de Treviso e faz parte da Estrada da Arquitetura, um percurso que inclui dois circuitos repletos de construções importantes neste estilo. Como toda vila vêneta, a Villa Emo tem um jardim enorme inserido em um contexto agrícola muito bem preservado. A paisagem das estradas que levam até a vila é totalmente campestre com plantações de milho, trigo e alguns vinhedos.
A Villa Emo segue o modelo das vilas vênetas (diferentes das vilas romanas e mediceias, na Toscana), com um corpo central, destinado a abrigar a família e as barchessas laterais destinadas ao depósito dos grãos, estábulos, espaço para produção do vinho e de todo aparato agrícola da estrutura.
Todos os cômodos e espaços internos do plano nobre foram afrescados por Giovanni Battista Zelotti. O ciclo representa episódios da mitologia e da história romana e alegorias que reforçam as virtudes, além de cenas e deusas relativas à vida campestre em agradecimento à natureza e seus recursos. O que mais impressiona, como nas outras vilas do Palladio, é a simetria das formas. As duas barchessas, longas e idênticas de 11 arcadas criam uma linearidade incrível em um contexto de harmonia entre o homem e a natureza.
Por 450 anos, a vila pertenceu a várias gerações da família Emo, até 2004, quando foi comprada por um banco e hoje é administrada por uma fundação. A Villa Emo está no famoso tratado de arquitetura de Palladio, “Os quatro livros da arquitetura”, que ele começou a escrever aos 22 anos e que se transformou a publicação de arquitetura mais prestigiosa de todos os tempos.
A Villa Emo fica aberta de segunda à sexta-feira, das 10h3- às 12h30 e das 14h às 18h. Aos sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18. (de maio a outubro). De novembro a abril os horários são: de segunda à sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h. Aos sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18h30. A estrutura fica fechada nos dias 25 de dezembro, 31 de dezembro e 1º de janeiro. O ingresso custa 7 euros.
Outro post magnífico, Isa.
A Itália me arrebata, um paraíso no mundo. As fotos expressam bem a magnitude de local, para não perder.
Baci mille amore!
Maria Glória,
Da próxima você tem que programar uma visita a pelo menos uma dessas vilas. Vai amar.
Bjos
Isa
Da próxima vez Isa, eu não volto ahahaha.