Museus em Veneza: vistando a casa de Peggy Guggenheim
Muitos dizem que é fácil fechar os olhos e imaginar Peggy descendo as escadas do Palazzo Venier em direção ao jardim com seus cães na coleira. Fato que é um dos maiores museus de arte moderna do mundo tem muito da ex-moradora da casa. A coleção expõe as obras pessoais que a mecenas Peggy Guggenheim acumulou ao longo de seus 81 anos e que deixou à cidade. Um dos melhores museus em Veneza você verá visitando a casa de Peggy Guggenheim.
Depois de abrir um museu em Londres e uma galeria de arte contemporânea em Nova Iorque, Peggy vem a Veneza em 1947 para expor sua coleção na primeira edição da Bienal. No ano seguinte, ela compra o Palazzo Venier dei Leoni, para onde se muda com suas obras. Margherite (este era seu nome), nos anos anteriores, havia adquirido muitas peças, sempre determinada a comprar um quadro por dia.
Em 1951, Peggy abre a coleção ao público com uma grande diversidade de obras de artistas de vanguarda, alguns deles seus amigos pessoais, como Max Ernst, com quem foi casada. Peggy era uma figura muito excêntrica, se vestia de forma original e amava ser fotografada no trono bizantino de granito do jardim da casa, acompanhada de seus Lhasa Apsos.
O museu concentra em sua coleção permanente obras primas do Cubismo, Futurismo, Surrealismo, Pintura Metafísica, Abstracionismo Europeu, Expressionismo Abstrato americano e esculturas de vanguarda de alguns dos maiores artistas do século XX. A vida inquieta de Peggy se casa muito bem com as obras expostas na sua galeria. Visitar o seu museu é ter a incrível experiência de ver ao vivo as obras de artistas como: Picasso, Mirò, Duchamp, Braque, Chirico, Dalì, Magritte, Chagal, Kandinsky, Mondrian, Ernst, Klee e outros. É uma enorme concentração de artistas do século XX no espaço.
Algumas salas mantiveram a disposição original de quando Peggy vivia ali. No seu quarto está exposta a cabeceira de sua cama e os brincos muito extravagantes que ela usava. A entrada da casa e a sala de jantar também mantiveram a alguns elementos da disposição original.
Em 2012, 80 obras de arte italiana, europeia e americana foram adicionadas ao acervo do museu, doadas por Hannelore B. e Rudolph B. Schulhof. Algumas delas estão expostas na área do jardim, que é lindíssima. Outro ponto positivo do Guggenheim de Veneza é que, sendo uma coleção privada, a organização do museu é muito boa, com funcionários e monitores em praticamente todas as salas expositivas.
As janelas da casa de Peggy são voltadas ao Canal Grande, bem como a maravilhosa varanda, de onde se vê a Ponte da Academia e a estonteante paisagem de Veneza.
Os jardins da casa abrigam algumas esculturas e intervenções de arte moderna e contemporânea e é um espaço muito bonito e agradável, onde se sentar e admirar o espaço, depois ou antes da visita.
Peggy morreu em 1979, aos 81 anos. Suas cinzas foram enterradas no jardim da casa junto aos seus amados cachorrinhos. Não deixe de ver a lápide com o nome, data de nascimento e morte de cada um deles. Sem dúvida, dentre os museus em Veneza, Peggy Guggenheim é uma das atrações imperdíveis da cidade.
A Coleção Peggy Guggenheim fica em Dorsoduro (mais informações sobre as atrações do bairro, clique aqui.) bem próximo à Galeria da Academia. O museu funciona das 10h às 18 e fecha às terças e no dia 25 de dezembro. Os ingressos custam 15 euros (adulto), sênior (65 anos e acima) 12 euros. Crianças de até 10 anos não pagam. Para mais informações, clique aqui.
Estive aí é adorei o museu.?
Eu também adoro.