Personagens famosos que passaram por Veneza
Quem jamais poderia resistir ao fascínio de uma cidade única como Veneza? Ao longo dos séculos a Sereníssima atraiu desbravadores, turistas, mas também figuras ilustres que se apaixonaram por seus canais, pela beleza de seus palácios e por sua história.
Muitos foram os personagens que passaram por aqui em vários períodos e com personalidades completamente diversas. Mas uma coisa eles tinham em comum: ao chegarem em Veneza todos ficavam estarrecidos com a beleza da cidade. O impacto da chegada desarmava qualquer tipo de ideia e tudo que eles haviam imaginado sobre como era o lugar.
Maria Callas
Maria Callas, a maior cantora lírica de todos os tempos, teve uma importante ligação com Veneza. Foi no suntuoso Teatro La Fenice que ela estreou sua temporada veneziana em 1947 com Tristão e Isolda. A Divina passou 7 anos na cidade: Norma, La Traviata, Medea foram algumas das óperas que Callas interpretou em Veneza, até que Milão e seu Teatro La Scala “a roubasse” da Sereníssima. Foi também em Veneza, que Maria conheceu seu grande amor Aristóteles Onassis, que marcou sua vida, sua história, mas também o prematuro fim de sua carreira.
Ernest Hemingway
A ligação do escritor americano com Veneza já era antiga quando ele chegou na cidade em 1948. 30 anos antes, bem próximo de Veneza, em Fossalta di Piave, Hemingway foi ferido gravemente por uma bomba durante os combates da I Guerra Mundial, ocasião em que ele trabalhou para a Cruz Vermelha. Em Veneza se hospedou no refinado Hotel Gritti, onde ficou por um mês. Depois se refugiou na isolada e calma Torcello, onde se divertia em caçar patos e passar tempo com seus amigos em jantares regados ao Valpolicella, seu vinho preferido. Na ilha, o escritos se hospedava na Locanda Cipriani, lugar ideal para escrever. Hemingway era um habitual frequentador do Caffè Florian e do Harry’s Bar, onde tinha uma mesa especial. Era tão apaixonado por Veneza e pelo Vêneto, que disse: “Sou um garoto do baixo Piave, sou um velho fanático pelo Vêneto, e é aqui que deixarei meu coração”.
Peggy Guggenheim
A famosa e excêntrica mecenas escolheu Veneza como sua segunda e definitiva casa. Depois de abrir um museu em Londres e uma galeria de arte contemporânea em Nova Iorque, Peggy vem a Veneza em 1947 para expor sua coleção na primeira edição da Bienal. No ano seguinte, ela compra o Palazzo Venier dei Leoni, para onde se muda com suas obras. Em 1951, ela abre a coleção ao público com uma grande diversidade de obras de artistas de vanguarda, alguns deles seus amigos pessoais, como Max Ernst, com quem foi casada. Peggy era uma figura muito excêntrica, se vestia de forma original e amava ser fotografada no trono bizantino de granito do jardim da casa, acompanhada de seus Lhasa Apsos. Peggy morreu em 1979, aos 81 anos. Suas cinzas foram enterradas no jardim da casa junto aos seus amados cachorrinhos e ela deixou sua casa e as obras de arte acumuladas em seus anos de vida à cidade de Veneza. Hoje o museu de Peggy Guggenheim é uma das atrações imperdíveis da cidade.
Coco Chanel
Mademoiselle chega em Veneza em agosto de 1920. O motivo que a trouxe à Sereníssima não era dos melhores. Chanel havia perdido seu grande amor, Arthur Boy Capel, morto em um acidente aos 38 anos. Em Veneza, Chanel encontrou a força para seguir adiante, mas não só: a cidade a envolveu de tal maneira que a inspirou a inserir elementos contrastantes com gosto bizantino à sobriedade de suas criações até então. Chanel era do signo de leão, que também é símbolo de Veneza e foi parar em algumas de suas coleções, em braceletes, colares, cintos, brincos. Chanel dizia que suas coleções de joias eram inspiradas aos elementos bizantinos presentes na arquitetura da Basílica de São Marcos e na Pala d’oro, obra prima da arte ourivesaria presente na igreja. Chanel se hospedava muitas vezes no Hotel Danieli e passava os finais de tarde, depois de um mergulho na praia do Lido, sentada no Caffè Florian.
Philippe Starck
Pouca gente sabe, mas o aclamado designer francês e sua esposa Jasmine Abdellatif escolheram a pequena Burano para viver. Há mais de 35 anos ele comprou uma casa na ilha aconselhado por um amigo que dizia ter encontrado “o lugar” para ele viver. Philippe Starck teve seu maior reconhecimento na Itália e só depois conquistou a França e o mundo, um dos motivos pelos quais ele se diz apaixonado pelo país. A casa de Burano é repleta de objetos criados por ele e Starck é uma figura conhecida na cidade. Frequenta a famosa Trattoria da Romano e dizem que é muito comum vê-lo passeando pela ilha.
Que post delicioso Isa!! Arte, moda, literatura, canto, encontraram em Veneza inspiração e profundidade.
Baci,
Marina
Marina,
Veneza é mesmo inspiradora!
Bjos
…mas ”sem esquecer”de Shakespeare,Vivadi,Mozart, Alessandro Manzoni(….)
…mas ”sem esquecer”de Shakespeare,Vivadi,Mozart, Alessandro Manzoni(….)